Projetos de pesquisa

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Mudanças climáticas e a ecofisiologia do eucalipto (2020-2024)

Há algumas décadas, a problemática das mudanças climáticas globais (MCG) tem despertado crescente interesse da comunidade científica e da sociedade civil, constituindo um dos temas mais preocupantes da atualidade. A intensificação da atividade antrópica tem resultado em aumento significativo da concentração de dióxido de carbono (CO2) atmosférico, a qual tem contribuído para as MCG. De acordo com o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), as concentrações de CO2 na atmosfera já aumentaram mais de 20% desde 1958, quando medições sistemáticas começaram a ser feitas, e cerca de 40% desde 1750. Caso as emissões de gases do efeito estufa continuem crescendo, conforme às atuais taxas ao longo dos próximos anos, a temperatura do planeta poderá aumentar em até 4,8 oC neste século. Nesse contexto, os cientistas do IPCC afirmam que as três últimas décadas foram as mais quentes em comparação com todas as anteriores desde 1850. Alterações no ciclo da água também foram observadas e as mudanças deverão continuar ocorrendo, mesmo se a concentração de gases de efeito estufa se estabilizar, devido à inércia térmica do sistema e o longo período necessário para retornar ao equilíbrio. Sendo assim, todas essas mudanças ambientais podem causar alterações no crescimento e desenvolvimento, na morfologia e nos processos fisiológicos e bioquímicos das plantas, afetando sua sobrevivência e produção vegetal. Deste modo, é imprescindível que estudos sejam realizados com o objetivo de quantificar os impactos das MCG sobre o desenvolvimento das plantas com o propósito de propor medidas de prevenção e remediação. Tal importância deve ser levada em consideração também para espécies importância econômica, como é o caso do eucalipto. Assim, o principal objetivo desta proposta é investigar o efeito do aumento da concentração de CO2 atmosférico e das condições microclimáticas, em especial à ocorrência de ondas de calor, combinadas ou não com níveis de disponibilidade de água no solo, no crescimento e na fisiologia de plantas de eucalipto. As plantas são conduzidas no interior de câmaras de topo aberto (OTC), instaladas no interior de casas de vegetação climatizadas que reproduzem os cenários RCP 4.5 e RCP 8.5 do IPCC. O consumo de água é monitorado em tempo real por meio de sistema lisimétrico. Com o estudo pretende-se verificar se as projeções de mudanças climáticas divulgadas pelo IPCC irão afetar o crescimento, o consumo hídrico, as trocas gasosas, a produção de espécies reativas de oxigênio, a atividade enzimática, a eficiência do fotossistema II, dentro outros, no estágio de crescimento inicial da espécie.

Resistência de espécies de eucalipto submetidas a geada (2020-2024)

O Sul do Brasil vem demonstrando ser historicamente uma região com grande importância para o setor florestal. No entanto, a ocorrência de geadas é um dos principais fatores climáticos que limitam a produção de madeira e prejudicam a formação de plantios homogêneos de Eucalyptus nessa região. Assim, o objetivo da pesquisa é avaliar a resistência a geada de espécies de eucalipto com potencial produtivo para a Região Sul do Brasil e o efeito da rustificação das mudas sobre essa resistência. Os ensaios de aclimatação ao frio e as simulações de geadas são realizados no interior de câmaras de crescimento, tipo FITOTRON. Espera-se que os resultados obtidos possam auxiliar os produtores e empresas do setor florestal na melhor adequação do local de plantio das espécies avaliadas, nas regiões de ocorrência de geadas do sul do Brasil.

Arquitetura hidráulica e vunerabilidade de eucaliptus a seca (2020-2023)

A falha hidráulica do sistema de transporte de água em espécies florestais é vista como o principal mecanismo que conduz a mortalidade induzida pela seca, como resultado das mudanças climáticas globais. No entanto, os limites de segurança hidráulica e os limiares fisiológicos que antecipam a mortalidade e os mecanismos de recuperação após a seca permanecem desconhecidos. Diante disso, objetiva-se neste estudo caracterizar a arquitetura hidráulica e a vulnerabilidade de plantas jovens de Eucalyptus a seca, a fim de prognosticar as respostas adaptativas frente às flutuações na disponibilidade hídrica. As plantas são conduzidas em vasos no interior de casas de vegetação e em área externa, com controle de consumo de área por meio de lisímetros e medidores de fluxo de seiva.

Resiliência do banco de sementes do solo de floresta estacional frente as mudanças climáticas (2019-2023)

As florestas estacionais podem ser impactadas mais negativamente pelas mudanças climáticas, quando comparadas às florestas úmidas, por estarem sob estresse ecofisiológico em função da flutuação dos regimes hídricos e térmicos. O banco de sementes do solo é um dos mecanismos que garante a perpetuidade da vegetação nas florestas. Assim, o objetivo foi avaliar o impacto das mudanças climáticas sobre o banco de sementes, do Bioma Mata Atlântica, submetido a condições climáticas atuais e futuras (RCP 8.5) em condições controladas.

Impacto das mudanças climáticas em espécies florestais (2016-2021)

O principal objetivo do estudo é investigar o efeito do aumento da concentração de CO2 atmosférico e das condições microclimáticas combinadas com níveis de disponibilidade de água no solo, no crescimento e na fisiologia de plantas das espécies florestais tropicais: Jaborandi (Pilocarpus microphyllus), Castanha do Pará (Bertholletia excelsa), Açai (Euterpe oleracea) e Pau-Brasil (Caesalpinia echinata L.). 


Alterações microclimáticas e respostas fisiológicas dos estratos vegetais em diferentes modelos de sistemas silvipastoris (2017-2021)

Mesmo com o aumento de implantação de áreas de integração lavoura-pecuária-floresta no Brasil, o conhecimento básico da interação que ocorre entre os elementos do sistema, visando subsidiar seu entendimento e atividades de manejo, ainda é escasso. Assim, a presente proposta tem por objetivo avaliar o microclima, a água disponível no solo e as respostas fisiológicas dos estratos vegetais em diferentes modelos de sistemas silvipastoris, buscando gerar informações a respeito das modificações ambientais geradas com a adoção de tais sistemas, bem como sobre as respostas das plantas.


Estresse térmico e hídrico: crescimento inicial e comportamento ecofisiológico do eucalipto (2012-2021)

O principal objetivo da pesquisa é avaliar o efeito de estresse térmico, geralmente associado a baixos níveis de água no solo, em clone comerciais de eucalipto. Os estudos são conduzidos em condições controladas, no interior de casas de vegetação climatizadas e câmaras de crescimento.


Macroclimas brasileiros e ibéricos: abordagem agrometeorológica (2017-2021)

O comportamento da disponibilidade energética e o atendimento hídrico pelas chuvas são determinantes na definição da vocação de uma região para a implantação de sistemas de produção vegetal. Nesse projeto, são realizadas diversas abordagens agrometeorológicas a partir de dados meteorológicos obtidos em diferentes condições macroclimáticas no Brasil e Península Ibérica (Portugal e Espanha). A presente proposta faz parte de um projeto maior que visa consolidar a parceria entre a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), a Universidade Trás-os-Montes (UTAD) e a Universidade de Córdoba (UCO).