O DOSSEL DA FLORESTA E O MICROCLIMA

Conhecer a dinâmica dos fragmentos de Mata Atlântica passa pelo entendimento do  microclima nas mais diferentes condições de abertura do dossel, que acabam por definir o balanço de energia próximo ao solo. Assim, o estudante de doutorado Salim Calil Salim Neto estudou, ao longo de um ano, o microclima em diferentes fitofisionomias em fragmento de Mata Atlântica a 1.450 m de altitude no Parque Estadual Forno Grande, no sul do Espírito Santo.

Os resultados evidenciaram que a abertura do dossel condiciona microclimas diferenciados no interior da floresta de altitude, sendo possível, ainda, observar sazonalidade marcante e influência da nebulosidade no balanço de radiação, temperatura e umidade atmosférica e temperatura do solo. Na porção do fragmento em estádio mais avançado de sucessão, o doutorando estudou detalhadamente a variabilidade espacial da radiação fotossinteticamente ativa (PAR), estabelecendo um modelo de atenuação em função do índice de área foliar (IAF) e área basal (AB).

Trabalhos de caracterização microclimática, como o desenvolvido por Salim, podem contribuir para o entendimento da composição e distribuição das espécies de floresta de altitude estudada. Para isso, agora é importante que se realize novos estudos que investiguem a fitossociologia do fragmento e a ecofisiologia das espécies que o compõe.

Maiores detalhes podem ser encontrados na  tese completa do estudante em nosso site.